sexta-feira, 9 de setembro de 2011

cegueira social

File:Salvador Dali A (Dali Atomicus) 09633u.jpg
Salvador Dali A - by: Halsman, Philippe, photographer.

Dei por mim a pensar no quão insignificante pode ser o valor de uma pessoa.

Aqui há dias, passei por um brilhante músico (na minha opinião), um dos poucos que ainda vê utilidade em dominar a teoria, em honrar a sua profissão sem se preocupar no que vão pensar aqueles que não o entendem; um dos poucos que ainda sabe o valor da paciência e persistência, à revelia da sociedade de hoje em dia, que quer tudo rápido, instantâneo e em grande quantidade se possível (e sem pedir se faz favor!), e sem tempo ou interesse em alguma outra forma de prazer além do "orgasmo" (calma, mantenham-se calmos).
Retomando o assunto inicial, lá estava aquele homem ontem, no meio de tantas outras pessoas, à espera de um autocarro para o Porto e eu pensei "se fosse o Tony Carreira ia estar tão cercado de fãs que eu nunca o teria visto (iupi!)", e isto, por sua vez, levou-me a pensar "e quantas pessoas mais poderiam ali estar, sozinhas como o meu professor de piano, cheias de talento e algo a ensinar?" e eu ali, ignorante sem saber o que cada uma esconde, o que poderia estar, ou não, a perder em cada uma delas.
Às vezes a natureza humana ainda me fascina.

Sugiro que vejam esta fotografia: 
http://olhares.aeiou.pt/st_miguel_foto4461878.html

domingo, 15 de maio de 2011

sábado, 30 de abril de 2011

"teledisco(.pt)"


In the waiting line - Zero7
Trabalho nº7 - OMB
(agradeço ao Pedro Fonseca, porque se não fosse ele, 
provavelmente ainda não sabia de quem
era esta música, e claro, a todos os
intervenientes no meu filme, 
à Alexandra Ramos e à Inês Rodrigues.) 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

( )

não há segundas oportunidades para primeiras impressões.
(do blog "sem aviso")











foto do blog "BloGrolla"

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

essa naba (miúda)



Essa miúda é uma fogueira,
Que te acende as noites em qualquer lugar.
E tu desejas arder com ela,
Enquanto bebes o perfume
Que ela deita nos seus trapos de cor
Para te embriagar.
Essa miúda é um exagero!
Diz que sem ti não sabe voar.
Mas tu adoras voar com ela.
Enquanto inventas espaços novos,
Ela vai arquitectando uma teia
Para te aconchegar.
Essa miúda é uma feiticeira,
Prende-te a mente e põe-se a falar.
E tu bem tentas compreende-la,
Mas o que sai da sua boca
Não parece condizer com o que ela
Te diz com o olhar.
Essa miúda faz-te acreditar
Que o sol é um presente
Que a aurora trás
Principalmente p´ra ti.
mas que lúcida embriaguez te havia de ter dado Jorge Palma <3 

domingo, 30 de janeiro de 2011

o melhor deste fim de semana:


2ºsemestre: seitz op.12 nº3 Gm

Poema em linha recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. 

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,

Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. 

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos, 

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo? 

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra? 


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza. 

Álvaro de Campos
(em "Portugal tem talento")




domingo, 16 de janeiro de 2011

11 minutos

perdi toda a informação, fotos, musicas, vídeos e séries de 4 anos, que tinha guardados num disco externo. (MALDITO SEJAS! AS MINHAS FOTOS!) acho que ainda não estou em mim..
não temas as mudanças, não tenhas medo de dar uma nova organização ao teu mundo, por mais que a que tens te satisfaça. (baseado no livro "11 minutos" Paulo Coelho)

sábado, 1 de janeiro de 2011

estou viciadissima neste café!



não sei se é o "espírito de Abril" brasileiro, ou se é apenas a batida, o certo é que esta música é equivalente a café para mim.